Já viste o quão ridícula é essa espera? Estás freneticamente a olhar para o telemóvel à espera que ele vibre e tenha uma mensagem dela, sabes que poderias ser tu a mandar, mas não o fazes. Vagueias pelo quarto relembrando todos os momentos que passaram juntos, mas ao mesmo tempo desejas que eles “desapareçam”, porque tens quase a certeza de que ela não está minimamente preocupada contigo. Olhas para a vossa fotografia e escorre uma lágrima pelo teu rosto, lavas logo a cara porque “homem que é homem não chora por amor”. Cansas-te, vestes o casaco, pegas na chave e sais de casa, … encontras-te com outra na tentativa de a tirares da cabeça, porque pensas-te que ela estaria a fazer o mesmo. Mas esqueceste-te que o parque onde estives-te com a outra era mesmo ao lado da casa dela, e quando te apercebes-te já era demasiado tarde, ela já te tinha visto.

O que nunca chegas-te a saber foi que não te mandou nenhuma mensagem porque esperava por uma tua, ela corria a casa toda porque as lembranças estavam por todo o lado. Tu não fazias ideia de que ela tinha todas as fotografias e presentes em cima da cama dela e que os agarrava com toda a força enquanto chorava, o que tu não sabias era que eras o único que ela queria e amava, e que no preciso momento em que te encontrou com a outra ela ía ter contigo, disposta a perdoar-te e a dar-te de novo o amor dela.